A Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da USP, está desenvolvendo um anti-inflamatório a partir do óleo da copaíba, árvore encontrada em todo o país, principalmente na Amazônia.
Antes da chegada dos portugueses ao Brasil, os índios já utilizavam o óleo como remédio, que é encontrado até hoje em ferias e lojas de fitoterápicos.
Popularmente, ele possui propriedades anti-inflamatória, antimicrobiana e cicatrizante, mas segundo o coordenador do estudo, o professor Osvaldo de Freitas, apenas a primeira foi comprovada.
Segundo informações da Agência USP de notícias, a propriedade anti-inflamatória do óleo já foi comprovada há alguns anos pelo estudo da FCFRP coordenado pelo professor Osvaldo de Freitas. Atualmente, o professor pesquisa a formulação de um medicamento à base da planta.
A formulação do medicamento, desenvolvida em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e com a Health, empresa farmacêutica privada da cidade de Indaiatuba, já foi aprovada para uso em animais e deve começar a ser testada em seres humanos (testes clínicos) assim que houver financiamento.
Freitas acredita que dentro de quatro ou cinco anos o produto poderá ser comercializado - fatores como financiamento para os estudos e a autorização dos órgãos competentes influenciarão no processo. Isso porque a fabricação em escala comercial de um medicamento dependeria da atividade extrativista. Porém, como a extração do óleo pode ser feita sem derrubar as árvores, o professor garante que não causaria nenhum dano. “O impacto ambiental é positivo porque é um incentivo para que a florestas fiquem de pé e continuem fornecendo a matéria prima”, destaca.
Segundo o autor, ainda há muitos passos antes de produzir algo que possa ser comercializado. "Medicamento é diferente de remédio. Como remédio, o óleo de copaíba já é usado, mas medicamento precisa passar por vários testes científicos e ser registrado pela Anvisa", disse.
A formulação já foi aprovada para uso em animais e deve começar a ser testada em seres humanos --testes clínicos-- em breve
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