De repente, aquele calor que ninguém sabe de onde vem. O sono custa a chegar e qualquer coisa é motivo para um choro convulsivo ou uma irritabilidade fora do comum. A lubrificação vaginal diminui sensivelmente e a produção de certos hormônios simplesmente cessa. O organismo pede socorro: a mulher está na menopausa. Nesta fase especial da vida, quando os desconfortos são muitos, a ingestão de hormônios vegetais - fitohormônios - tem sido uma alternativa crescente aos tratamentos à base de hormônios sintéticos.
Há pelo menos dez anos que os benefícios dos fitohormônios já são conhecidos no Brasil. É difícil encontrar um médico ginecologista, geriatra, endocrinologista, clínico, homeopata, naturopata ou nutrólogo que não tenha ouvido falar deles. Os hormônios das plantas contêm substâncias (magnésio, flavonóides e ácidos graxos insaturados) que favorecem a atividade cerebral, o ganho de massa óssea e formação de colágeno, além de agirem na prevenção da alteração do colesterol e protegerem a função cardiovascular feminina.
Por serem ricas em nutrientes, as plantas excedem o tratamento do climatério, e acabam beneficiando integralmente o organismo da mulher. "Os fitohormônios ainda não apresentaram contra-indicações. Mesmo assim, a longo prazo, não descartamos a possibilidade de surgirem sintomas indesejáveis", explica a ginecologista Ana Cristina Solino, que prescreve fitohormônios para suas pacientes.
Antes de iniciar o tratamento, é preciso fazer exames completos. Afinal, as necessidades não são as mesmas para todas as mulheres. E é bom saber também que o tratamento com fitohormônios demora três meses pra começar a fazer efeito, já que a ação das plantas é menor que a dos medicamentos sintéticos (que alcançam resultados a partir de 30 dias). Conforme Ana Cristina, "para cada sintoma existe uma substância específica e uma dosagem adequada. Geralmente, as doses diárias ficam entre 40 e 80 miligramas, no exemplo da isoflavona".
Poder das plantas
Em todo o mundo já existem mais de 500 plantas com ação fitohormonal catalogadas desde 1975, mas apenas umas 15 têm eficácia reconhecida. Entre as mais badaladas está a soja, que tem na isoflavona o poder de reduzir os calores, prevenir a osteoporose, baixar o colesterol, proteger o coração e diminuir os riscos de câncer de mama e útero. "Os princípios ativos da isoflavona são similares aos dos estrógenos, hormônios femininos cuja produção cai muito durante o climatério", conta a farmacêutica Monique Ribeiro.
Durante muito tempo o comportamento das mulheres orientais na menopausa, bem diferente do comportamento das ocidentais, foi um mistério. Nada de calores, nada de infartos, nem câncer ou osteoporose. Algumas pesquisas comprovaram que a dieta rica em isoflavona garantia às orientais muito mais qualidade de vida. Assim como outros alimentos ricos em fitohormônios: azeite extra virgem, maçã, frutas vermelhas, lentilhas, grão de bico e funcho.
O Tribulus terrestris, que tem princípio ativo semelhante ao da testosterona, age sobre a libido, controlando os calores. As partes utilizadas são as folhas e raízes.
Tribulus terrestris L.

Cimicifuga racemosa (erva de São Cristovão)
Trevo Vermelho (Trifolium pratense)
(Linum usitatissimum L).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Ajude o Plantae, deixe nos um comentário, crítica, elogio.