Gostou do nosso projeto? Informações, Opiniões, Doações, envie-nos email para plantae@usp.br

like button

Mostrando postagens com marcador fitoterapia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fitoterapia. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Cosmética Verde

Por Sonia Corazza*, via maisde50.com.br

Quer saber para que servem aquelas plantinhas no seu shampoo? Vamos conhecer o que é a Fitocosmética e alguns dos ingredientes que a natureza nos oferece para cuidar da nossa beleza inteligente.


A Fitocosmética é entendida como o segmento da Cosmetologia que se dedica ao estudo e aplicação das substâncias de origem vegetal, isto é, das plantas e seus componentes, para tratar pele, corpo e cabelos. Desta forma as plantas fornecem ingredientes que são usados direta ou indiretamente nas formulações.


Na forma direta estão os óleos vegetais, extratos glicólicos ou secos da planta inteira ou de partes dela e na forma indireta estão os princípios ativos que foram retirados e modificados à fim de se pudesse maximizar o efeito benéfico sobre o tecido cutâneo ou fibra capilar.


De volta às raízes 
A natureza é um grande fornecedor de matérias-primas para os produtos cosméticos, pois mesmo alguns ingredientes da base da formulação são compostos químicos pertencentes aos grandes grupos de proteínas. Assim são os lipídeos, derivados de açúcares e muitos compostos inorgânicos.


O melhor hidratante do mundo

A composição da gordura da nossa epiderme funciona como o melhor agente natural emoliente, lubrificante e protetor. Quando removemos essa proteção natural, através dos banhos, exposição à luz solar, suor etc, a pele perde um pouco de sua habilidade em resistir às agressões externas e se torna seca, sem maciez ou elasticidade.


Óleos vegetais: ajudantes da pele

Os óleos vegetais representam uma parcela de extrema importância entre os componentes utilizados pelas indústrias cosméticas pois são fonte de obtenção de ácidos graxos, ésteres e álcoois graxos que modificados quimicamente constituirão emulsionantes, emolientes, sobreengordurantes, espessantes, agentes filmogênios, etc.
Seu uso direto nas formulações atende as necessidades de emoliência e lubricidade, qualidades importantes para um produto cosmetodinamicamente efetivo, que vai colaborar para a maciez e elasticidade da pele.


Óleos essenciais, os cheirosos que funcionam

Os óleos essenciais presentes em muitos ingredientes de origem vegetal, constituem mistura complexa de compostos químicos, entre estes terpenóides e fenilpropanóides de alta volatilidade e marcante característica aromática.


Devido sua composição constituída de diversos grupos ativos , como mentol , cânfora , eugenol, eucaliptol, limoneno, linalol,camazuleno,bisabolol,além de uma infinidade de outros , tais óleos podem apresentar interessantes atividades, entre as quais efeito anti-séptico, rubefaciente , vaso-dilatador ou ainda refrescância.


Os componentes das plantas


- As mucilagens são compostos polisacarídeos vegetais com alta capacidade de retenção de água, formando soluções aquosas viscosas. Os mucílagos apresentam propriedades de grande aproveitamento cosmetodinâmico, como aqueles devidos à ação protetora e emoliente.


- Os taninos são compostos polifenólicos de origem vegetal , capazes de precipitar proteínas. Possuem propriedades adstrigentes, cicatrizantes e antisépticas, devido à isso tornam-se de grande uso para loções tônicas específicas para pele oleosa.


- Os flavonóides são compostos polifenólicos relacionados à presença de Flavona que apresentam atividade vaso-constritora, ou seja, diminuem a permeabilidade dos vasos capilares. Com isso os produtos finais são beneficiados com a ação vaso-protetora e anti-inflamatória.


- As sapominas são glucosídeos vegetais com propriedades tensoativas, de natureza, geralmente, triterpenóide. Apresentam um amplo espectro de ação, desde rubefaciência até detergência. Isto devido à atividade das saponinas presentes na casca de quilaia, ou a atividade vasoprotetora, como a escina presente na castanha da índia.


O ABC das Principais plantas usadas em cosméticos e suas atividades:

Planta: Babosa 
Nome Botânico: Aloe vera L./Aloe barbadensis Mill. /Aloe ferox Mill.
Atividade: propriedades umectantes, coadjuvante como agente filtrante solar (UVB).

Planta: Arnica
Nome Botânico: Anica montana L/ Arnica mexicana/ Arnica chamissonis ssp foliosa.
Atividade: propriedades tônicas, estimulantes, antioedema, antiequimosis e antisépticas.


Planta: Betula
Nome Botânico: Betula alba L.(Betula pendula Roth, Betula pubescens Ehrh.)
Atividade: propriedades estimulantes do couro cabeludo, ação anti-seborréica, regulador da atividade capilar, redutor da fragilidade capilar.


Planta: Camomila
Nome Botânico: Matricaria chamomilla L./Chamomilla recutita 
Atividade: propriedades suavizantes, calmantes, anti-couperose, refrescante, purificante, pigmentante dos cabelos, anti-irritante.


Planta: Calêndula
Nome Botânico: Calendula officinallis L
Atividade: redução da fragilidade capilar, redução da atividade anti-ialorunidase, emoliente, lenitivo, protetor.


Planta: Ciano/Corn Flower
Nome Botânico: Centaurea cyanus L / Cyanus arvensis/Cyanus segetum/Cyanus vulgaris
Atividade: usado em loções para a área dos olhos, cremes para o rosto com propriedades adstringentes e aditivos para shampoos destinados ao uso em cabelos brancos e grisalhos.


Planta: Castanha-de-Índia
Nome Botânico: Aesculus hippocastanum/Aesculus castanea/Hippocastanum vulgare
Atividade: regulador do sistema capilar, reduz a fragilidade capilar, anti-edema, vasoprotetor. Efeito anti-hialorunidase, agente filtrante UVB.


*Sonia Corazza é consultora de beleza.



Gostou da matéria?

Curta nossa página no Facebook!!

Sugestões de matérias, envie email: plantae@usp.br


sábado, 10 de março de 2012

Os poderes do Ginkgo biloba

Ele turbina a memória, combate vertigens e zumbidos nos ouvidos, ameniza as dores de cabeça, protege a pele e é investigado no tratamento de alguns tipos de câncer.

No Japão, a árvore do Ginkgo biloba é símbolo de longevidade. Graças a sua capacidade de suportar infecções e substâncias tóxicas, ela pode viver até 4.000 anos. Por causa dessa senhora resistência, ela foi a primeira espécie a brotar após o ataque atômico sobre a cidade de Hiroshima, em 1945. E a ciência tem encontrado indícios de que seus predicados podem ajudar a garantir uma vida mais longa e saudável também para os seres humanos. Os chineses lançam mão do seu extrato há milhares de anos para tratar problemas que vão de ansiedade a cegueira, passando por doenças vasculares e incontinência urinária. Hoje, cada vez mais gente aposta nos seus efeitos terapêuticos, fazendo com que a planta seja a base de um dos fitoterápicos mais vendidos no mundo.



Toda essa fama não é à toa, dada a longa lista de benefícios do ginkgo. “Ele dilata os vasos sanguíneos e deixa o sangue menos viscoso”, conta a fitoterapeuta Vanderlí Marchiori, de São Paulo. E isso repercute em todo o organismo, pois a circulação flui com mais facilidade e rapidez pelo corpo, irrigando e oxigenando melhor os tecidos e alcançando lugares mais distantes do coração. No cérebro, esse aumento no afluxo de sangue diminui a pressão arterial, melhorando as dores de cabeça e evitando coágulos, o que pode reduzir o risco de derrames oclusivos, aqueles provocados pelo entupimento de um vaso cerebral. “O ouvido é outro beneficiado, já que esses ganhos atingem o labirinto, diminuindo tonturas e zumbidos”, conta Vanderlí.

Até mesmo as dores nas pernas e nos braços, quando provocadas por problemas na circulação, são amenizadas. “Além da sua ação sobre o sangue, o vegetal melhora a absorção da glicose, o combustível básico para o organismo, e da ATP, uma molécula que armazena energia nas células vivas”, acrescenta a fitoterapeuta. Como se não bastassem todas essas propriedades, seu extrato ainda tem ação antiinflamatória e antioxidante, o que significa que o ginkgo combate a ação dos radicais livres, que provocam o envelhecimento precoce e a morte celular e podem desencadear doenças degenerativas. Muitos especialistas afirmam ainda que a ingestão dos comprimidos tem até mesmo efeito sobre o humor, já que eles favoreceriam a ação da serotonina, um neurotransmissor ligado à sensação de bem-estar que reduz o estresse e a ansiedade.

Mas, de todas as qualidades da planta, de longe, a mais conhecida é a de dar um gás nas funções cognitivas, ou seja, melhorar a memória, o aprendizado e a vigilância. E muitos estudos já comprovaram que realmente funciona. A bióloga Suzete Maria Cerutti, professora do Laboratório de Farmacologia Comportamental e Etnofarmacologia do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Federal de São Paulo, foi a responsável por um desses trabalhos: avaliou a ação do vegetal no cérebro de ratos idosos que haviam sofrido com estresse oxidativo, ou seja, provocado pela ação dos radicais livres. “Notamos que ele protegeu as células do córtex pré-frontal dos animais, uma parte da frente do encéfalo que está envolvida com a atenção e com o comportamento necessário para a tomada de decisões”, conta. “Essa região também está relacionada à formação de alguns tipos de memória, em especial aquela que usamos rotineiramente e é a base para o pensamento abstrato e para o raciocínio”, acrescenta Suzete.

Esse efeito também foi testado em pacientes com Alzheimer, que apresentaram uma melhora de até 20% no desempenho em testes cognitivos. Apesar dos resultados satisfatórios obtidos nessas investigações, os especialistas acreditam que ainda é cedo para se definir se os comprimidos do vegetal podem ser benéficos quando o estrago nas células do cérebro já está muito avançado. Outra questão que ainda não tem resposta é se o medicamento também é indicado de maneira preventiva, ou seja, para evitar perdas de memória em pessoas saudáveis. “É isso que estamos tentando entender e o que deve ser esclarecido com pesquisas futuras”, diz Suzete.

OUTROS BENEFÍCIOS

diminuição nas crises de asma

A cardiologista Marinez Domeneghini Hillebrand avaliou a influência do ginkgo sobre a qualidade de vida de asmáticos. “A resposta foi bastante positiva no caso dos voluntários que ingeriram o extrato da planta em vez do placebo”, conta Marinez. “Isso acontece graças ao componente anti-inflamatório da planta, que evita e
minimiza as crises.”.

- ajuda no combate ao câncer de mama

Pesquisadores da Georgetown University Medical Center, nos Estados Unidos, testaram a ação do vegetal sobre o câncer de mama. Para isso, deram o seu extrato para as cobaias antes e depois de implantarem células cancerosas nos ratinhos. E o resultado foi muito animador: houve uma diminuição de 80% no crescimento do tumor.

- protege a pele

Na Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, o extrato do vegetal foi avaliado como protetor solar. “Ele se mostrou eficiente na prevenção dos danos provocados na pele pelos raios UV e na redução da vermelhidão provocada pela exposição ao sol”, conta Patrícia Maia Campos, farmacêutica-bioquímica que coordenou a pesquisa. “Além disso, alguns trabalhos indicam que a sua ação antioxidante pode reduzir os efeitos prejudiciais dos radicais livres produzidos na pele pela radiação solar”, acrescenta a professora Lorena Gaspar Cordeiro, que também participou do estudo.

Fonte: Revista Herbarium

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Próximos Eventos

Olá!
Em 2012 ocorrerão alguns eventos interessantes nas áreas de Fitoterapia e Meio Ambiente:

III CIAF - Congresso Iberoamericano de Fitoterapia
2 a 5 de maio
Foz do Iguaçú- PR
http://www.abfit.org.br/ciaf2012/

IX Congresso Nacional de Meio Ambiente de Poços de Caldas
23 a 25 de maio
Poços de Caldas - MG
http://www.meioambientepocos.com.br/portal/index.php

Green Nation Fest
1 a 10 de junho
Rio de Janeiro- RJ
http://www.greennationfest.com.br

domingo, 22 de maio de 2011

Pesquisa revela que mais da metade dos remédios fitoterápicos contém impurezas



Medicamentos à base de plantas medicinais - fitoterápicos - podem provocar efeitos colaterais, dependendo da dose e da planta; além disso, podem não surtir efeito prometido ou ainda gerar outras doenças.


Muita gente tem o costume de comprar medicamentos à base de plantas medicinais - os chamados remédios fitoterápicos. Mas é preciso muito cuidado para não adquirir produtos falsificados ou sem registro no Ministério da Saúde.


No Recife, pesquisadores da Universidade Federal e Federal Rural de Pernambuco descobriram que muitos desses remédios não estão dentro de um padrão de qualidade. Em busca da cura, há quem prefira o que parece mais saudável. “Geralmente eu uso mais o fitoterápico, porque ele não tem contra-indicação. A gente toma e não sente, ele é totalmente natural, né?”, diz a funcionária pública Maria Aparecida Ferraz. Mas não é bem assim.

Os remédios fitoterápicos podem, sim, provocar efeitos colaterais, dependendo da dose e da planta. Selos que dizem "100% natural" podem enganar o consumidor. O problema pode ser ainda mais grave: podem não surtir o efeito prometido ou ainda gerar outras doenças.

Durante cinco anos, os estudiosos analisaram mais de 200 produtos - entre chás e comprimidos - e constataram que 59,2% continham alguma impureza. Em outra pesquisa, surge outro dado importante: 92,6% dos medicamentos analisados não tinham bula ou informações na embalagem sobre a indicação de tratamento.

“As bulas nos produtos fitoterápicos são o principal instrumento de informação ao consumidor, tudo isso tem que vir informando, as propriedades biológicas, o correto uso, os grupos de risco que não podem tomar e outras informações que são necessárias para o uso racional”, explica o pesquisador da UFPE Joabe Gomes de Melo.

“Apesar de serem constituídos por plantas, eles não são 100% naturais. Essa frase, quando o consumidor adquire, pode levar a crê que ali não há efeitos tóxicos, mas é uma frase que engana”, alerta.

O gerente geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Jaime Brito, ficou impressionado com o resultado da pesquisa. “Se está havendo em um número tão alarmante, é um problema a se avaliar e nós vamos levar essa pesquisa ao conhecimento da Anvisa, para que se adote medidas”, diz Brito.

Ele explicou que, para que seja feito o teste de eficácia do medicamento, é necessário o registro de queixa na Vigilância Sanitária. “Se você tem uma queixa de um medicamento que não fez efeito, ou se você desconfia tem que notificar, porque não dá para se fazer avaliação de todos os remédios que circulam no país”, diz o gerente geral.

Na hora da compra, o consumidor deve verificar se o remédio está inscrito no Ministério da Saúde. Mesmo os xaropes devem ter o número da inscrição na embalagem - desista do produto "isento de registro". 

A Vigilância Sanitária já identificou no mercado um golpe a saúde do consumidor. O "Natural Life", que se apresenta como remédio para dores feito à base de plantas, na verdade contém hormônios e outras substâncias químicas. Além de não ter registro, não se sabe onde é fabricado.

"Nesse caso é um medicamento que está sendo vendido como natural, principalmente para idosos, com dores de coluna, problemas de ortopedia... A gente constatou que ele tinha cinco substâncias corticóides, altíssimas doses de antiinflamatórios, e nós não sabemos o que isso está causando na população que está usando isso como sendo um produto natural", afirma Jaime Brito.

SERVIÇO:
Telefone da Apevisa (81) 3181 6266
Fonte: pe360graus

domingo, 15 de maio de 2011

Conheça um pouco mais sobre a Fitoterapia


Desde tempos remotos que o homem recorre ao mundo vegetal para elaborar “receitas milagrosas” para curar os mais diversos males. À falta de outras soluções, as civilizações foram aperfeiçoando o uso de plantas para confeccionar medicamentos 100% naturais, uma prática que entretanto a ciência ajudou a aperfeiçoar.


A FITOTERAPIA É…

O termo “fitoterapia” resulta da junção das palavras gregas “Phythón” (planta) e “Therapeía” (terapia) e, enquanto parte integrante da Medicina Chinesa, estuda as plantas medicinais e as suas aplicações no tratamento de problemas de saúde. Uma alternativa natural aos medicamentos químicos, a fitoterapia pode ser utilizada isoladamente ou em conjunto com os medicamentos convencionais para prevenir e combater um sem número de maleitas comuns e até várias doenças, desde a fadiga, obesidade e inflamações, às perturbações respiratórias, cardiovasculares, gastrointestinais, urinárias e nervosas, entre muitas outras. As propriedades terapêuticas das plantas medicinais curam os desequilíbrios do organismo, restaurando o funcionamento pleno do sistema imunitário, sem correr, na maior parte das vezes, o risco de sentir efeitos secundários. 


A HISTÓRIA DAS PLANTAS

Considerada a forma de medicina mais antiga da civilização humana, existem registos do ano 2500 a.C. sobre a utilização de plantas medicinais na China e, em 2800 a.C., foi escrito o primeiro livro com referências a fórmulas de fitoterapia, o célebre “Nei Jing”. Está documentado que todos os povos da Antiguidade – gregos, romanos, persas, egípcios, etc. – utilizaram as plantas, os produtos de origem mineral e animal, como base da sua medicina. A partir do século XX, deu-se o boom da indústria farmacêutica e o desenvolvimento dos medicamentos químicos, mas, e ao contrário do que se possa pensar, as plantas não foram postas de parte.

Até essa altura, os herbalistas, os médicos e os farmacêuticos trabalhavam em conjunto no estudo das plantas e das suas capacidades curativas. Esse trabalho de pesquisa continuou em duas frentes: a medicina tradicional, agora apoiada pelo sector farmacêutico não descurou o poder das plantas, até porque aproximadamente 85% dos medicamentos utilizados nos dias que correm, são derivados dos princípios activos das plantas. Por outro lado, os herbalistas prosseguiram com a análise química das plantas, o que lhes conferiu um forte argumento que não detinham até então: a base científica.

Seguiram-se anos de investigação não só sobre as plantas, mas também sobre as vitaminas, os minerais e os alimentos, mas mais importante do que isso, foi o estudo sobre a forma como estas riquezas naturais influenciavam ou não o corpo humano. Deve-se o termo “fitoterapia” ao médico francês, Henri Leclerc, que depois de inúmeras experiências com plantas durante a década de 50, reuniu os resultados na obra “Sumário de Fitoterapia”.

Hoje, a fitoterapia é a aplicação da ciência moderna (estando sujeita a testes e controles científicos) à medicina herbal, ou seja, para além de identificar os componentes activos de cada planta, explica a maneira como as plantas medicinais actuam no corpo humano.


A FITOTERAPIA HOJE

A fitoterapia recorre aos princípios activos das plantas para prevenir e tratar doenças, reforçando assim, as defesas naturais do organismo. Popularmente conhecidos como “medicamentos de saúde”, são apresentados de diversas maneiras: chá, ampolas, comprimidos, cápsulas, drageias, óleos essenciais, tinturas, bem como cremes e pomadas para uso externo. O sucesso dos medicamentos confeccionados exclusivamente com plantas reside, obviamente, na sua composição o que implica, por sua vez, uma extracção cuidadosa a partir das próprias plantas.


A EXTRAÇÃO E COMPOSIÇÃO

A extração e composição dos medicamentos de fitoterapia é sujeita a um processo de controlo de qualidade rigoroso que começa na cultura da planta, que acontece numa região sem poluição, com clima e solo adequado. A parte ativa da planta – que pode ser nas raízes, partes aéreas, folhas ou flores – reúne, em quantidades bastante reduzidas, as substâncias curativas, ou seja, onde se encontram concentradas as propriedades terapêuticas. A extracção destas substâncias segue cinco etapas específicas para se conseguir o efeito terapêutico desejado: criotrituração, extracção por solvente específico, concentração, secagem por vácuo e encapsulação. A fitoterapia trabalha com milhares de plantas e centenas de fórmulas rigorosamente elaboradas – algumas seculares, outras produto da ciência moderna.


O FITOTERAPEUTA DIZ-LHE…

Regra geral, não existem efeitos secundários na utilização de medicamentos de fitoterapia, no entanto, aconselha-se sempre uma consulta com um fitoterapeuta credenciado, principalmente no caso de mulheres grávidas e a amamentar. Uma opção saudável e natural que, administrada nas doses correctas, actua profundamente e estimula as defesas naturais do organismo, sem o prejudicar, revelando resultados eficazes e duradouros. Recomenda-se ainda a sua utilização em conjunto com medicamentos tradicionais, depois de conversado com o seu médico de família.


PLANTAS POPULARES

Com diversas indicações terapêuticas, descubra os segredos das plantas mais utilizadas em fitoterapia:

 Alcachofra – problemas de vesícula
Alfazema – asma, facilita a digestão, problemas de pele (alergias, queimaduras, eczemas)
Alho – colesterol elevado
Argila branca – azia
Baga de mirtilo – diarreia
Bardana – acne
Calêndula – eczemas, cicatrização de feridas, prevenção de varizes
Camomila – age sobre o sistema imunológico, ajudando a combater gripes, alivia espasmos musculares, é um relaxante natural
Cardo mariano – doenças do fígado
Carvão vegetal – flatulência
Castanheiro-da-índia – hemorróidas, varizes e outros distúrbios do sistema circulatório
Centáurea – dores reumáticas e de estômago
Espinheiro-alvar – fortalece o batimento cardíaco, reduzindo os batimentos irregulares, aumenta o fluxo sanguíneo nas artérias
Equinácea – gripe
Eucalipto – tosse
Ginseng – cansaço geral
Groselha negra – dores reumáticas
Hipericão – depressão
Levedura de cerveja – pele seca e baça
Luzerna – unhas e cabelos fracos
Malva – anti-inflamatório natural, especialmente eficaz nas afecções da garganta
Óleo de borragem – rugas
Óleo de gérmen de trigo – doenças cardiovasculares
Óleo de onagra – tensão pré-menstrual
Óleo de salmão – triglicerídeos elevados
Oliveira – tensão arterial elevada
Passiflora – stress, ansiedade e insónias
Própolis – gripe
Rosa da Provença – problemas de garganta
Sabugueiro – gripes e constipações, alivia as vias respiratórias
Salgueiro – dor e estados febris
Salva – digestão difícil
Sene – obstipação
Tília – dores de cabeça, enxaquecas, problemas digestivos, perturbações nervosas, cólicas abdominais, calmante natural
Uva-ursina – infecções urinárias
Valeriana – insónia

Mais em bemtratar.com

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

V Simpósio Iberoamericano de Plantas Medicinais

O V Simpósio Iberoamericano de Plantas Medicinais, vai ocorrer este ano em Itajaí-SC, nos dias 18 a 20 de Outubro, estando atrelado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia,concomitantemente à maior festa Portuguesa e do pescado do Brasil e que faz parte do calendário catarinense das Festas de Outubro, a MAREJADA.

O evento consiste em uma das principais atividades formativas da Rede Iberoamericana de Estudo e Aproveitamento Sustentável da Biodiversidade Regional de Interesse Farmacêutico (RIBIOFAR/CYTED/CNPq). Objetiva oportunizar encontro para atualização, integração e reflexão de docentes, pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, além de profissionais que atuam na área de Ciências Farmacêuticas e demais áreas afins, com ênfase em plantas medicinais, através da participação (palestras,mini-cursos e pôsteres) de renomados pesquisadores de diferentes países iberoamericanos que abordarão os diversos temas que envolvem a pesquisa multidisciplinar com plantas medicinais.

Confira a Programação e demais atividades do evento no site www.vsipm.com.br

Fonte: Prof.Dr.Valdir Cechinel Filho – Presidente do V Simpósio e Coordenador da RIBIOFAR/CYTED/CNPq (UNIVALI –SC)